Tajiquistão: Pastor sentenciado a prisão por cantar “canções extremistas”

Líder de igreja protestante no Tajiquistão recebe pena de três anos por “cantar músicas extremistas na igreja e incitar o ódio religioso”.

TadjiquistãoBakhrom Kholmatov, 42, é casado e tem três filhos. Líder da Igreja Protestante Good News of Grace, no norte da cidade de Khujand, ele foi preso sob acusações não especificadas em 10 de Abril quando a igreja foi invadida pelo Comitê Nacional de Segurança (NSC, sigla em inglês) que levou o caso ao tribunal.

Acusações de extremismo foram levadas contra Kholmatov após ocorrer a invasão da igreja, quando o NSC afirmou que as canções entoadas, baseadas em passagens bíblicas, como “Nossa luta não é contra carne e sangue”, e o exército de Deus está marchando, são extremistas e que convidam as pessoas a derrubar o governo.

Um livro apreendido na igreja – “Muito mais que um carpinteiro” do escritor Americano cristão Josh McDowell – também foi considerado extremista.

A agência de notícias local, Fórum 18, afirmou que as autoridades também ameaçaram prender ou levar a julgamento a família, os amigos e outros membros da igreja caso eles revelassem o caso em detalhes. Mas as autoridades ao mesmo tempo afirmam que Kholmatov foi condenado segundo os termos do artigo 189 do Código Penal (“Incentivar o ódio ou a dissensão nacional, racial, local ou religiosa, a humilhação da dignidade nacional, bem como a propaganda da superioridade dos cidadãos com base em sua religião, nacional, racial ou local Origem, se cometido em público ou usando a mídia de massa”).

Ainda segundo a agência de notícias, o NSC e outras agências de aplicação da lei e do Comitê Estadual de Assuntos Religiosos, também invadiram igrejas afiliadas na região Sogd do norte do Tajiquistão em fevereiro. Já em março, os funcionários fecharam uma igreja em Konibodom – 50 milhas a leste de Khujand – depois de interrogar e torturar membros da igreja. Os oficiais do NSC também pressionaram os empregadores a demitir membros da congregação de Konibodom de seus empregos.

“As reuniões da igreja continuam, mas como as coisas podem ser normais depois de tudo o que aconteceu?” – comentou um membro de uma das igrejas.

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Fonte: World Watch Monitor

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