Em relatório sobre Direitos Humanos, Reino Unido reconhece perseguição ao Cristianismo em todo o mundo

0260008895Imagem da guerra civil na Síria, que tem sido mortal para a população cristã do país.

 

William-Hague-006O Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague (foto ao lado), lançou no dia 16 de abril o Human Rights and Democracy Report 2013, um relatório anual do governo inglês, que desta feita aborda diversos temas ligados à promoção e proteção dos direitos humanos e da democracia no âmbito internacional. Entre os muitos assuntos abordados, está a atual situação de perseguição aos cristãos em todo o mundo.

Fato é que a discussão sobre a liberdade religiosa em um sentido global tem ganhado mais espaço na Europa desde o final de 2012, quando a Primeira-Ministra alemã, Angela Merkel, afirmou que o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo, com base nos relatórios de seus conselheiros, entre os quais está o Dr. Thomas Shirrmacher e a esposa dele, Christine Schirrmacher, que inclusive, no ano passado, falou sobre as Leis de Apostasia e Blasfêmia no Conselho de Direitos Humanos da ONU, como ferramentas propulsoras da perseguição religiosa aos cristãos e outras minorias. 

Na França, Nicolas Sarcozy, enquanto presidente francês, também reconheceu em 2011 que Cristãos são alvos de "limpeza religiosa" no Oriente Médio. 

Também com um trabalho importante neste sentido, destaca-se a Christian Solidarity Worldwide (CSW), que através de pesquisasrelatórios e divulgações para entidades parceiras em todo o mundo, está ajudando a Europa a conhecer detalhes sobre a situação global de perseguição religiosa. Para a CSW, noticias sobre o péssimo tratamento dado às minorias religiosas, especialmente para cristãos, junto aos eventos ligados à primavera árabe, contribuíram para que a liberdade religiosa se tornasse uma área prioritária para a União Européia e para o governo britânico em especial. "Tudo isso somado ao crescente interesse público em apoiar organizações como a CSW, nos encoraja a ver se essas questões continuam prioritárias na Agenda governamental e a trabalhar para assegurar uma resposta contínua e robusta por parte do governo no tocante às violações da liberdade religiosa e assegurar que ele seja proativo na promoção e proteção da liberdade de religião e crença para todas as pessoas." , disse a assessoria de imprensa da CSW.

Durante o lançamento do Human Rights and Democracy Report 2013, Willian Hague informou que sua rede diplomática abrange 154 países, fato que, para ele, favorece a capacidade quase única para observar e ajudar a melhorar a situação dos direitos humanos no mundo. “Nossos diplomatas viajaram para prisões, observaram processos judiciais, visitaram campos de refugiados, e com o apoio da sociedade civil, atuaram em oposição à pena de morte e à violência sexual, em favor dos direitos das mulheres e em defesa da liberdade de religião e crença.”, disse o Ministro, que também ressaltou que o trabalho em prol dos direitos humanos é parte vital do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido. 

Afirmando que em 2014 haverá continuidade na luta em defesa da liberdade de religião e citando casos de perseguição, o relatório inglês aponta para conflitos na Síria, Egito, Irã, Paquistão, entre outros. O Documento afirma que o mundo está começando a tomar conhecimento da real situação da perseguição religiosa na atualidade, e que em 2013 houve da parte do governo inglês uma disseminação encorajadora de iniciativas para reconciliações entre religiosos.

SAYEEDA-WARSISayeeda Warsi, advogada muçulmana e Ministra Sênior do Estado no Escritório de Relações Exteriores do Reino Unido, recentemente, durante um discurso na Universidade Georgetown, em Washington, destacou a situação sombria em que vivem hoje muitas minorias religiosas, especialmente os Cristãos. Este discurso foi lembrado no relatório inglês, e Warsi também ressaltou que defender e promover a liberdade de religião no mundo é uma prioridade pessoal para ela. “Estou determinada a usar minha posição no governo do Reino Unido, minha rede de consultores especializados e colegas internacionais para conter a onda de violência cometida em nome da religião”, disse a ministra.

Para o presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana “tais reconhecimentos sistemáticos de governos de países de grande importância política internacional, como a França, Alemanha e agora o Reino Unido, demonstram que o trabalho de instituições como a CSW, a ANAJURE, etc., de fato, não é vão. Os relatórios que nossos parceiros e aliados da CSW produziram nos últimos anos foram essenciais para este importante reconhecimento do governo britânico. Por esta razão, parabenizamos nossos amigos da CSW e seguimos lutando para que a liberdade religiosa seja a base dos Estados nacionais. A voz dos nossos mártires cristãos devem continuar ecoando nos nossos corações e mentes, a fim de que possamos continuar denunciando toda a sorte de arbitrariedades que eles estão sofrendo mundo a fora”.

* O relatório completo está disponível em inglês neste link. 

_______________________________
Por: ANAJURE l Press Officer – Wanda Galvão

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here