NEPAL – Cristão baleado na páscoa afirma que o medo ainda persiste

Christian-worker-Santosh-Khadka-803x450Há três meses, em 16 de Abril, Santosh Khadka foi baleado em Kathmandu enquanto ele voltava do trabalho para casa na páscoa. A polícia não conseguiu identificar os criminosos, mas cristãos locais afirmam que Khadka foi alvo da criminalidade devido ao seu trabalho a favor da liberdade religiosa, enquanto que alguns grupos da recente democracia tem clamado pelo estabelecimento do Hinduísmo como religião oficial do estado.

A Federação Cristã Nacional no Nepal, onde Khadka trabalha como secretário no escritório, afirmaram que o tiro foi “um ato covarde”, além de ser “um ataque contra toda comunidade cristã”.

No município de Lalitpur, estado de Katmandu, outro ataque ocorreu quando um homem não identificado ateou fogo em carros da maior igreja católica do Nepal, Igreja da Assunção em Katmandu. Em Maio de 2009, três pessoas morreram depois que uma bomba explodiu dentro da mesma igreja, durante uma missa de sábado.

Ataques a cristãos parecem ter aumentado após a nova constituição haver entrado em vigor em 20 de Setembro de 2015. A mesma reconhece a liberdade religiosa apenas de modo parcial. Depois de sua aprovação, o evangelismo foi banido sob justificativa de que ninguém pode tentar converter pessoas de outras religiões para a sua própria. A constituição também fornece uma proteção ao Hinduísmo, religião majoritária.  No entanto, alguns partidos e grupos de direita hindus afirmam que o hinduísmo ainda está sob ameaça devido à possibilidade de mais conversões ao cristianismo.

A promulgação da constituição foi precedida de explosões de baixa intensidade em duas igrejas no leste do Nepal. Panfletos promovendo o nacionalismo hindu foram encontrados em cada uma das igrejas e um grupo nacionalista, o Hindu Morcha Nepal, emitiu uma declaração de imprensa pedindo que os líderes cristãos deixassem o país e abandonassem ao cristianismo para retornar ao hinduísmo.

O cristianismo é uma minoria vulnerável no Nepal. Khadka diz que ainda não conseguiu superar seu medo desde o dia em que foi baleado.

Fonte: World Watch Monitor

Veja aqui a entrevista completa de Santosh Khadka ao World Watch Monitor (áudio em inglês)

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