1º Seminário Interinstitucional para Refugiados e Ajuda Humanitária alerta para urgente necessidade de ajuda internacional e potencial do Brasil em ser agente de paz

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Dr. Uziel Santana dos Santos, Coordenador da Frente Parlamentar Mista para Refugiados e Ajuda Humanitária (FPMRAH), Coordenador-Geral do ANAJURE Refugees e Presidente da ANAJURE;  Dr. Jonas Moreno, Diretor da ANAJURE para Refugiados e Ajuda Humanitária;  Beto Vasconcelos, Secretário Nacional de Justiça e Presidente do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE); José Antônio Delgado, Chefe Adjunto do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV); Andrés Ramirez, Representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) no Brasil; Deputado Federal Leonardo Quintão, Presidente da Frente Parlamentar Mista para Refugiados e Ajuda Humanitária (FPMRAH); e Deputado Federal Fábio Sousa (Membro da FPMRAH).


Na manhã de hoje (16), foi realizado pela ANAJURE e FPMRAH, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), o 1º Seminário Interinstitucional para Refugiados e Ajuda Humanitária, com participação de Andrés Ramirez – Representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) no Brasil, Beto Vasconcelos – Secretário Nacional de Justiça e Presidente do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), Ministro Milton Rondó – Coordenador-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome (CGFOME) do Ministério das Relações Exteriores, José Antônio Delgado – Chefe Adjunto do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), e Dra. Renata Reis – Assessora de Relações Institucionais da ONG Médicos Sem Fronteiras/Brasil, que falaram sobre os trabalhos das entidades representadas voltados para ações humanitáras. O evento foi realizado para apresentar estas ações aos membros da diretoria da FPMRAH e da ANAJURE Refugees, que também mostrou sua proposta de trabalho e exibiu um vídeo sobre a viagem de Missão Oficial à Amã, na JordâniaConfira o vídeo:

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O presidente da FPMRAH, Deputado Leonardo Quintão, e o presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana, se comprometeram a continuar trabalhando para que que trabalhos de ações humanitárias e de apoio aos refugiados sejam pautas de destaque na Câmara Federal. Quintão também cobrou do Governo Brasileiro um plano de ação do Itamaraty para as questões humanitárias. 

Andrés Ramírez, representante do ACNUR, ressaltou que o mundo vive hoje a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, e que por isso é imprescindível que o Brasil que se envolva com a questão, pois embora isso não os afete diretamente, ao receber os refugiados, o Brasil dá um exemplo para os países da Europa, contribuindo assim para alcançar os objetivos de política externa do país. Entretanto, Ramirez também destacou que não basta apenas receber os refugiados, e reforçou que é necessário integrá-los à sociedade brasileira, fornecendo educação e saúde aos refugiados e sua família.

Beto Vasconcelos, Presidente do CONARE, reafirmou o compromisso do Brasil em receber os refugiados de qualquer nacionalidade, sobretudo aqueles que se encontram em situações mais delicadas por serem afetados pela guerra na Síria. Representando o Itamaraty, o Ministro Milton Rondó mencionou as dificuldades de orçamento que o Brasil tem para fornecer ajuda humanitária, e falou sobre a importância da criação de projetos no Congresso Nacional para que o país possa destinar mais recursos para estas ações ações. 
 
O representante da Cruz Vermelha, José Antônio Delgado, reiterou o quanto o Brasil tem um grande potencial para o acolhimento de refugiados e explicou como surgiu o trabalho da entidade, inicialmente voltado para palestinos, mas que hoje trabalha com uma imensa demanda que envolve vários países. Ele enfatizou a crise humanitária resultante de conflitos na Nigéria, Sudão do Sul, Eritréia e Síria, por exemplo, cujos refugiados estão encontrando as portas fechadas na Europa, aumentando ainda mais a necessidade de ações internacionais emergentes.
 
A Dra. Renata Reis, do MSF, destacou que o Brasil não pode ficar indiferente ao tema de ajuda humanitária internacional e refugiados. A médica informou que as políticas da entidade eram mais focadas nos países em desenvolvimento, e que agora enviam também navios para ajudar refugiados que tentam entrar na Europa e não conseguem, reforçando que este é sim um problema da comunidade internacional como um todo. Lembrando a situação emergente dos refugiados, em especial os sírios e os do Sudão do Sul, Renata também ressaltou que o refugiado não é um migrante que muitas vezes sai de seu país por questões econômicas para ter uma vida melhor, mas que que buscam refúgio para proteger suas vidas. 
 
Por fim, o Dr. Uziel Santana, que coordenou o seminário, informou que em breve as entidades participantes do evento se reunirão para discutir sobre como a FPMRAH pode trabalhar para que o Governo possa destinar recursos e desenvolver ações mais efetivas para trabalhos de ajuda humanitária e apoio aos refugiados.

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Por Wanda Galvão e Igor Sabino l ANAJURE

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